Autoridade alemã se opõe a tarifas e pede laços econômicos mais fortes com a China

Durante visita a estação da NIO na Alemanha, vice-líder defende comércio aberto e alerta para os riscos das tarifas dos EUA à economia global

O vice-ministro-presidente da Baviera, Hubert Aiwanger, alertou que a escalada de tensões comerciais e o aumento de tarifas punitivas por parte dos Estados Unidos podem trazer sérios prejuízos à economia global e afetar diretamente o setor manufatureiro da Alemanha. A declaração foi dada durante visita a uma estação de troca de baterias da montadora chinesa NIO, em Zusmarshausen, região próxima a Munique.

Aiwanger reforçou a importância de manter um sistema de comércio internacional baseado em regras e defendeu a continuidade da cooperação econômica com a China. “Tarifas punitivas — seja por parte dos EUA contra a China ou da União Europeia contra produtos chineses — são contraproducentes. Barreiras comerciais só levam à retaliação e à perda econômica”, disse.

A fala acontece em meio ao receio de que novas tarifas, propostas pelo ex-presidente americano Donald Trump, prejudiquem especialmente montadoras como a BMW, sediada na Baviera, que dependem de cadeias de suprimentos globais. Aiwanger destacou que a indústria alemã está particularmente vulnerável, já que muitos fabricantes exportadores operam com etapas de produção distribuídas entre vários países.

Ele defendeu que disputas comerciais sejam resolvidas por meio do diálogo, e não de medidas unilaterais. “O melhor caminho é avançar para um mercado global com tarifas mínimas e regras de concorrência justas”, concluiu o vice-líder, reforçando a posição da Baviera em favor da abertura e estabilidade econômica internacional.

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