Alibaba cria programa universitário para estudantes africanos

Focado em comércio eletrônico e economia da internet, o curso pretende fazer com que os estudantes usem o que aprenderam para desenvolver negócios de sucesso em seu país natal

 

O Alibaba, gigante chinesa do comércio eletrônico, lançou o seu primeiro programa universitário de comércio eletrônico transfronteiriço para estudantes africanos. Os 22 estudantes de Ruanda chegaram à cidade de Hangzhou, onde o grupo Alibaba está sediado, na última semana.

“Vocês vieram no momento certo e no lugar certo”, disse Zeng Ming, reitor da Escola de Negócios do Alibaba da Universidade Normal de Hangzhou, durante a cerimônia de abertura. “A escola não é uma escola tradicional de negócios, mas que se concentra na economia da internet. Os estudantes estrangeiros podem fazer cursos relacionados à internet, comércio global e comércio eletrônico transfronteiriço e também obter experiências de primeira mão sobre o desenvolvimento da economia digital da China”, enfatizou ele.

Mike Manzi, de 18 anos, disse que essa oportunidade mudaria a sua vida. Ele comentou que, após a formatura, espera criar uma plataforma de comércio eletrônico em seu país que ajude a simplificar as declarações fiscais e o desembaraço aduaneiro do comércio transfronteiriço.

O programa faz parte de um acordo de cooperação entre o governo de Ruanda e o Alibaba, estando de acordo com a iniciativa da Plataforma Eletrônica do Comércio Mundial (eWTP, em inglês), que foi lançada em outubro de 2018. A eWTP demonstra o conceito de desenvolvimento amigável da Iniciativa do Cinturão e Rota da China e ajuda a conectar o mundo pela internet, disse Virgile Rwanyagatare, o encarregado de negócios da Embaixada de Ruanda na China.

Rwanyagatare disse ainda que a China vende mercadorias para o mundo através do comércio eletrônico e que em breve, os países africanos poderão se conectar a essas plataformas online. “A eWTP é uma oportunidade para os ruandeses e acredito que essa iniciativa ajudará no desenvolvimento de Ruanda em termos da economia e do comércio eletrônico”, comentou Manzi.

“Com a aprendizagem sistemática de quatro anos, esperamos que os estudantes ruandeses possam se integrar à economia digital da China e se tornar na espinha dorsal de Ruanda após a formatura”, disse Huang Mingwei, vice-presidente do Alibaba.

Em 2018, o Alibaba ofereceu programas de capacitação de comércio eletrônico para funcionários, empresários, empreendedores e professores provenientes de Ruanda. A empresa desenvolveu cursos de comércio eletrônico em cooperação com a Universidade de Liderança Africana de Ruanda. Rwanyagatare disse esperar que os estudantes se tornem líderes fortes e desenvolvam negócios de sucesso no futuro, assim como ensinem às pessoas de seu país o que aprenderam na China.

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