O conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, teve uma conversa por telefone com os ministros das Relações Exteriores da Malásia e Brunei. Os chanceleres trocaram opiniões sobre a nova parceria de segurança entre Austrália, Grã-Bretanha e Estados Unidos, conhecida como AUKUS, bem como sobre o plano dos países na cooperação em submarinos nucleares, com o qual as autoridades expressaram grande preocupação.
Wang disse que a ação do AUKUS provavelmente trará cinco danos à região. Em primeiro lugar, causará riscos de proliferação nuclear. Os submarinos são usados para fins militares e são alimentados com urânio altamente enriquecido, que pode ser usado diretamente para construir armas, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica é incapaz de conduzir supervisão efetiva.
Em segundo lugar, vai induzir uma nova rodada de corrida armamentista. A ação da Austrália quebrará o equilíbrio estratégico na região, zomba do Tratado de Zona Livre Nuclear do Pacífico Sul que a Austrália assinou e constitui uma ameaça real para os países da região.
Em terceiro lugar, minará a prosperidade e a estabilidade regionais. Com os esforços conjuntos da China e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) por muitos anos, a região tornou-se mais dinâmica e com mais rápido desenvolvimento do mundo, situação que foi conquistada com dificuldade e deve ser valorizada.
Em quarto lugar, sabotará a construção de uma zona livre de armas nucleares no Sudeste Asiático e, em quinto lugar, vai reviver a mentalidade da Guerra Fria. O AUKUS, alinhado ao Quad, cumpre e atende à estratégia do Indo-Pacífico liderada pelos Estados Unidos, buscando derrubar o status quo atual e começar tudo de novo, com o objetivo de provocar rivalidade entre blocos da região e inaugurar o jogo de soma zero.
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