O varejo online da China deve crescer em média US$ 70 bilhões por ano até 2022, afirmou Marcel Motta, diretor da consultoria Euromonitor Internacional no Brasil, em um seminário Brasil-China, promovido recentemente pelo jornal Folha de S. Paulo. Motta ainda afirmou que em 2017, apenas as lojas online da China movimentaram US$ 448 bilhões, o que corresponde ao dobro do valor faturado por todo o varejo do Brasil.
O país asiático possui um potencial imenso de consumo, por ter mais de 1,3 bilhão de habitantes, e o Brasil busca entrar nesse mercado para aumentar as suas exportações, mas para isso, será necessário que ele entenda como funcionam os consumidores chineses. Segundo Augusto Castro, gerente do Núcleo China da Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), é pouco provável que o Brasil possa competir com a China no comércio de produtos industriais de baixa complexidade a curto prazo.
“A China é o principal polo industrial do planeta. Como os salários no país estão aumentando, podemos ter oportunidades nesses setores a longo prazo”, afirmou Castro. O representante da Apex-Brasil também afirmou que uma boa saída para o Brasil crescer no mercado chinês a curto prazo é com produtos que ele já exporta, mas ainda não chega aos consumidores finais, como carne e couro. Ele ainda cita frutas e cosméticos como produtos potenciais, pelo fato de o Brasil já ser competitivo nestas áreas, apesar de ressaltar que seria necessário se adequar às normas sanitárias e ao gosto dos chineses.
Sem Comentários ainda!