“Temos amplo interesse em estabelecer e fortalecer cooperações e parcerias em pesca e aquicultura com a China”, afirmou André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil, em entrevista exclusiva para a agência Xinhua.
Ainda conforme o ministro, a China é maior produtora de peixes do mundo e grande desenvolvedora de tecnologias para atividade, além de ser um modelo na aquicultura familiar de pequena escala, aproveitamento de áreas, reprodução de peixes, crustáceos e moluscos, além do cultivo de algas. “No Brasil, com 8,5 mil km de costa, a aquicultura marinha ainda é incipiente e esse tipo de cooperação pode ajudar a desenvolver essa atividade”, complementou André de Paula.
O ministério abrirá novas oportunidades de exportações do pescado brasileiro para a China. “Dados do ComexStat de 2022 indicam que a representatividade do mercado da China para o total do pescado exportado do Brasil (US$ 400 milhões), em relação aos demais países, é da ordem de 10% (CHN) + 6% (HKG), com a contribuição dos produtos com valores acima de US$ 10 milhões como peixes congelados, lagostas congeladas, peixes frescos ou refrigerados, pargos congelados, preparações e conservas de atuns, peixes secos, salgados ou defumados, tilápias congeladas e farinhas de carne, extratos e miudezas”, explicou ele.
O ministro ainda mencionou que a recriação do Ministério da Pesca e Aquicultura é um marco para o ordenamento do setor, com foco na sustentabilidade dos que vivem desses recursos naturais, bem como para o aperfeiçoamento das práticas de captura, modernização da frota pesqueira e outros benefícios para o progresso do setor no Brasil. De acordo com ele, o setor pesqueiro tem papel relevante para a oferta de proteínas de alta qualidade à população brasileira, especialmente na região norte do Brasil.
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