Maior abertura chinesa para empresas estrangeiras deverá fortalecer laços com o Brasil

Presidente do CEBC elogia as medidas adotadas para aumentar o apoio do governo chinês a empresas estrangeiras e fala sobre a cooperação China-Brasil

A decisão da China de abrir mais as suas portas a empresas estrangeiras vai ajudar a reforçar a parceria econômica, comercial e financeira China-Brasil, pelo que disse o presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Luiz Augusto de Castro Neves, em entrevista à Xinhua. Segundo ele, o governo chinês adotou uma série de medidas, incluindo o apoio de empresas estrangeiras, o que considera muito importante.

“Existem várias empresas brasileiras estabelecidas na China, e certamente haverá outras interessadas”, afirmou, enquanto citava os regulamentos mais acolhedores da China. “Qualquer empresa que pretenda investir, quer saber como é o ambiente regulatório no mercado de destino, em outras palavras, o que você pode e o que não pode fazer”.

A China é o principal parceiro comercial e o maior investidor estrangeiro do Brasil, e o Brasil, por sua vez, busca diversificar as suas exportações para o país asiático, segundo Neves, que foi o embaixador do Brasil na China entre 2004 e 2008. O Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil foi criado em 2004. Dois anos depois, o comitê realizou sua primeira reunião, o que fez com que Neves testemunhasse os esforços da China para aperfeiçoar suas políticas econômicas.

Na entrevista, Neves elogiou a decisão do governo chinês de mudar o seu papel de “ratificar ou aprovar” o estabelecimento de empresas estrangeiras para “apoiá-las e servi-las”. Confiante de que os laços entre os dois países continuarão a florescer, ele ainda afirmou que “uma maior abertura do mercado e menos intervenção conduzem a um ambiente regulatório simples e claro” e que as empresas brasileiras estão apostando em uma intensificação contínua das relações.

Mais de 200 empresas chinesas estão operando em 23 dos 27 estados brasileiros e Neves disse esperar que a presença das empresas brasileiras na China também aumente. Para isso, diversas organizações do Brasil, entre elas o CEBC e a agência de promoção de exportações e investimentos APEX, que já têm escritórios de representação na China, vão promover os laços econômicos e comerciais bilaterais ao lado do governo chinês.

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