O mercado de finanças verdes da China deverá continuar crescendo em grande velocidade, de acordo com J.P. Morgan Chase, gigante estadunidense do mercado financeiro. A razão para isso, segundo Matt Arnold, diretor global de finanças sustentáveis da empresa, é que o governo do país asiático prioriza e fortalece a proteção ambiental.
Arnold avaliou o mercado financeiro verde da China como algo “totalmente novo” e disse que ele cresce a um ritmo mais rápido que a média, devendo continuar a se expandir fortemente. Em entrevista à Xinhua, ele afirmou que “há muito trabalho a ser feito com ar, água, terra e alimentos, por isso, o mercado de finanças verdes estará aqui enquanto o trabalho for feito”.
Em 2016, a China anunciou um plano para estabelecer um mecanismo nacional de finanças verdes, se tornando o primeiro país do mundo a fazer isso. O país também ajudou a impulsionar a inclusão das finanças verdes na agenda do G20.
Segundo dados da Climate Bonds Initiative e da China Central Depository & Clearing Co., a emissão de bônus verdes da China alcançou em 2017 os US$ 37,1 bilhões, tendo um aumento anual de 4,5%. Desse total, US$ 22,9 bilhões estão alinhados com as definições internacionais, o que corresponde a 15% do total mundial e transforma a China do segundo maior mercado de bônus verde do mundo.
Para Arnold, o mercado de finanças verdes da China é globalmente único por causa da abrangência da sua colaboração: “O que eu acho interessante é o quão ativa é a colaboração entre o governo chinês, os bancos e os setores”. Ele ainda afirma que a J.P. Morgan Chase continuará a explorar o mercado, ajudando seus clientes chineses a levantar capital para suas aquisições em outros países ou a emissão de bônus verde nos mercados internacionais.
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