O Boletim de Comércio Exterior (Icomex), divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), aponta que o Brasil teve superávit comercial em 2020.
O estudo mostra que o Brasil teve saldo positivo em sua balança comercial em US$ 50,9 bilhões, dos quais a China contribuiu com US$ 33,6 bilhões. O Icomex também revelou que a colaboração dos Estados Unidos foi negativa e que o saldo com a União Europeia foi positivo em US$ 1,5 bilhão, valor abaixo dos países da América do Sul e do restante da Ásia.
O desempenho das commodities representam 66% do valor exportado em 2020, o maior percentual de toda a série histórica, que começou em 1998. O valor das vendas de matérias-primas básicas cresceu 0,5% de 2019 para 2020, enquanto o de outros produtos recuou 18,5%.
Em volume, as commodities aumentaram 7,4%, impulsionado pela China (17%), e as não commodities caíram 13,5%.
A participação da nação asiática nas exportações brasileiras passou de 28,1% em 2019 para 32,3% em 2020.
Segundo o relatório, o superávit comercial foi causado pela queda nas importações puxada pela recessão do nível de atividade e pelo aumento das exportações de commodities para a China.
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