O Brasil deveria explorar novas oportunidades de exportação à China, mas para isso deve saber se posicionar em um mercado “supercompetitivo” no qual atuam os principais exportadores do mundo, disse Túlio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em entrevista à agência de notícias chinesa Xinhua.
Na reportagem, publicada nesta semana, o diretor avaliou positivamente o crescimento do comércio bilateral entre o Brasil e a China em 2021, que superou US$ 130 bilhões, maior valor alcançado até agora em transações comerciais do Brasil com outro país.
“No setor de manufaturados industriais, é muito difícil ter competitividade na China porque o produto chinês é mais competitivo, mas podemos apostar na qualidade do produto em vez do preço e apostar também na diversificação da pauta em um segmento onde já somos competitivos, como o agronegócio, passando a exportar mais produtos para a classe média chinesa”, comentou.
“São produtos finais que chegarão aos supermercados chineses, algo que o Brasil vem fazendo nos últimos anos, com um grande crescimento das vendas de café, produtos de horta, fibra… Existe este mercado na China e acredito que o produtor brasileiro pode explorá-lo melhor, ainda que necessite também de uma abertura maior do lado chinês”, afirmou.
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