Aldeia chinesa ganha sopro de vida graças à ioga

Com uma população de idosos, Yugouliang passou a incorporar à prática à sua rotina e ganhou até prêmios por isso

Yugouliang,  uma aldeia chinesa localizada na província de Hebei, tem pouco menos de cem habitantes e é geograficamente isolada ­– a estação ferroviária mais próxima fica há duas horas de distância. Como tem sido deixada pelos jovens, a média de idade de sua população é de 65 anos, doentes em sua maioria, que se dedicam a cuidar de suas vacas e ovelha e a praticar uma pequena agricultura.  Mas há dois anos a vida dessas pessoas mudou graças à ioga.

A principal autoridade da aldeia, Lu Wenzhen, há dois anos teve a ideia de ensinar ioga para a população da aldeia, ao ver uma mulher sentada com as pernas cruzadas, com a ideia de restaurar a vida do local. Os moradores, que nunca tinham ouvido falar na prática, receberam com incredulidade a ideia, pois  o próprio Lu nunca havia tido aulas de ioga e não sabia ao certo por onde começar.

Usando a internet como guia e assistindo vídeos tutoriais, Lu começou a planejar as sessões, e comprou esteiras e luvas de ioga para atrair os camponeses. As aulas começaram com apenas alguns moradores para os quais Lu foi ensinando exercícios de respiração e posições simples, de pernas cruzadas. Aos poucos, no entanto, novas pessoas foram comparecendo às sessões enquanto posições um pouco mais desafiadoras eram testadas.

A intenção de Lu é transformar Yugouliang em uma base de treinamento de ioga para camponeses de toda a China, e com isso, atrair turistas para aquecer a economia local. Mesmo que isso ainda não esteja próximo, devido ao difícil acesso à aldeia, os moradores acabam economizando com gastos de saúde, pois são fortalecidos com a prática, que já se tornou parte da rotina local.

O Departamento Geral de Esportes do Estado concedeu a Yugouliang o título de “primeira aldeia de ioga da China” em 2017, e os moradores chegaram a participar de uma competição em Shijiazhuang, em que ganharam o prêmio de “melhor equipe coletiva”.

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