Primeiro remédio chinês anti-HIV é clinicamente seguro e eficaz, diz estudo

Composto poderá ser usado com outros medicamentos antirretrovirais para tratar pacientes
Créditos: Xinhua/Hu Chao

Os resultados de testes clínicos mostraram que o primeiro medicamento desenvolvido internamente pela China para o tratamento do HIV mostrou-se seguro e eficaz em um regime de combinação simplificado.

O Aikening, ou albuvirtide (ABT) para injeção, um novo inibidor de fusão de HIV de longa duração aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos da China em 2018, é usado junto com outros medicamentos antirretrovirais para tratar pacientes com HIV.

Os resultados de um estudo clínico de 48 semanas em fase 3 publicado recentemente no Journal of Infection revelaram que o ABT, ao combinar com a Kaletra, outro medicamento para HIV, mostrou um bom perfil de segurança e sua eficácia não era inferior a um regime de três medicamentos baseado na Kaletra.

A desenvolvedora do ABT, Frontier Biotech, uma empresa biofarmacêutica sediada em Nanjing, recrutou 418 pacientes com HIV na China que haviam recebido anteriormente medicamentos antivirais orais, mas não tiveram o vírus inibido.

Depois de aplicar o ABT e a Kaletra por quatro semanas, 41% dos participantes viram sua carga viral plasmática cair para menos de 50 cópias/ml, o que significa que os vírus HIV “não eram detectados”, enquanto 83% foram tratados efetivamente, visto que cerca de 99% dos vírus HIV em seus corpos foram inibidos, de acordo com o estudo.

Após o tratamento de 48 semanas, os vírus HIV não eram detectados entre 76% dos participantes, enquanto 88% deles foram efetivamente tratados, o que indicou a eficácia de longa duração do medicamento.

A companhia chinesa está explorando outros regimes de combinação do ABT para fornecer mais opções alternativas para o tratamento da doença.

O mercado global de medicamentos anti-HIV cresceu de US$ 22,9 bilhões em 2013 para US$ 34 bilhões em 2018, e deve se expandir ainda mais para US$ 46,7 bilhões até 2023.

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