Pesquisadores chineses e ingleses conseguiram detectar qual o gene que desempenha um papel vital no desenvolvimento do câncer de sangue. De acordo com o grupo de pesquisa, o fator de transcrição HIF1A, que é codificado pelo gene HIF1A nas células dos pacientes, tem a capacidade de regular as funções das células estaminais de produção de sangue na medula óssea, cuja mutação seria a responsável pela síndrome mielodisplásica (MDS, em inglês).
A MDS é causada por um conjunto de cânceres que fazem com que as células sanguíneas da medula óssea deixem de maturar e, dessa maneira, de se tornarem células saudáveis. Cerca de 30% dos pacientes que tem MDS podem acabar desenvolvendo leucemia, e o número de portadores dessa doença continua crescendo ao passo em que a população envelhece.
A pesquisa, realizada por um grupo liderado por especialistas do Instituto de Hematologia na tutela da Academia Chinesa de Ciências Médicas e do Departamento Infantil de Cincinnati da Experimental Hematology & Cancer Biology, foi publicada na revista Cancer Discovery. Com testes realizados em ratos, os estudiosos inibiram o gene HIF1A e descobriram que assim é possível prolongar a vida dos roedores com a síndrome e restabelecer seu quadro de saúde. Os próximos estudos prometem focar no desenvolvimento de novos medicamentos e terapias para MDS, que agiram diretamente no HIF1A.
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