Pesquisadores chineses pedem melhora na proteção dos leopardos-das-neves

Em um informe, eles sugeriram que o governo fortaleça a vigilância das áreas de proteção e que criem formas de elevar a conscientização pública sobre o animal

 

Pesquisadores de 19 organizações chinesas pediram mais esforços para promover a proteção dos leopardos-das-neves e seus habitats. Eles fizeram o pedido durante um evento para o lançamento de um informe sobre o estado de estudo e conservação dos leopardos-das-neves na China, que aconteceu na última terça-feira (23 de outubro – Dia Internacional dos Leopardos-das-Neves) em Pequim.

O informe foi feito por uma aliança composta pelas principais agências de conservação da natureza, instituições de pesquisa e universidades. Para escrevê-lo, foram usadas como base 57 referências em chinês e em inglês sobre os leopardos-das-neves no país entre 1980 e 2018.

De acordo com o documento, a zona em que o estudo foi realizado tem, atualmente, apenas 1,7% do habitat desse animal na China, o que está longe da meta de 20%, mas está próxima ao nível mundial médio de 2%. A parte sul do planalto Qinghai-Tibete e a parte ocidental das montanhas Tianshan, no noroeste da China são as principais áreas que ainda não foram estudadas.

A deficiência na proteção por parte das autoridades locais, a mudança climática e a escassez de apoio comunitário são as principais ameaças que os leopardos-das-neves enfrentam. Além disso, a caça ilegal, a fragmentação do habitat e as atividades humanas também afetam a população da espécie, segundo o informe. O documento sugeriu um estudo da população do animal em toda a China e um plano de administração do habitat da espécie para os próximos cinco anos.

O informe ainda pediu mais esforços do governo para fortalecer a vigilância de áreas de proteção e para elevar a consciência pública sobre o animal. O biólogo da Universidade de Pequim Lyu Zhi indicou que o relatório é resultado do compartilhamento e da cooperação entre várias agências e que isso deve ser estimulado.

Sem Comentários ainda!

Seu endereço de e-mail não será publicado.